quarta-feira, 24 de abril de 2024

Brasil não tem o melhor jogador do mundo há quinze anos. E daí?

Muito mais grave é não ter o título mundial há vinte anos, quatro Copas seguidas

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porVGSTV

Benzema recebeu o prêmio Bola de Ouro e houve, aqui e acolá, críticas sobre ele não ser o melhor jogador do planeta. Não é, mas está. Há uma diferença fundamental entre os dois verbos. Em 2003, o tcheco Pavel Nedved ganhou o prêmio da revista France Football. Ele não era o mais decisivo do planeta, mas esteve naquela temporada. Zidane ganhou o troféu da Fifa. Era o melhor. Mais justo foi a taça para quem estava em momento superior.

Nesta entre-safra de Cristiano Ronaldo e Messi para o próximo dono do troféu, há um estágio de revezamento. Messi não ficou entre os trinta melhores pela primeira vez em quinze anos. Cristiano, em vigésimo. Modric ja foi eleito, Lewandowski também, Benzema desta vez. Nenhum deles é. Todos estão, estiveram ou estarão. Nunca serão o que foram Messi e Cristiano Ronaldo.

O último brasileiro eleito foi Kaká, em 2007. Era indiscutível. Não que fosse, mas que foi naquela temporada 2006/2007 o mais importante e decisivo craque do planeta. Seus gols, passes e jogadas levaram o Milan ao título da Champions League. Não havia discussão.

Depois de Kaká, nunca vez outro brasileiro. Não é importante.

Futebol é esporte coletivo, não individual. É super legal ter tido Marta a melhor do planeta por seis vezes. Muito melhor para o desenvolvimento do país será quando houver um título de Copa do Mundo ou de Olimpíada. A mesma coisa vale para o masculino. Ronaldo foi o melhor do mundo de 2002, porque foi campeão mundial. O mesmo vale para Romário, de 1994. Super legal Kaká ter sido o melhor de 2007. Mas o Brasil perdeu a Copa da Alemanha e a seguinte, na África do Sul.

Os prêmios individuais são ótimos, para os jogadores. Os títulos são símbolos do sucesso coletivo, de um país que ame e pratique futebol. Para o Brasil, é muito melhor ser campeão do mundo do que ter um jogador eleito.

Fonte: GE