quarta-feira, 24 de abril de 2024

Identificação, risco mínimo e gestão de vestiário: o que o Grêmio procura no novo técnico

Nome de Felipão é o mais forte para substituir Tiago Nunes, que deu adeus ao Tricolor após a derrota para o Atlético-GO, no domingo

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porVGSTV

último ato de Tiago Nunes no Grêmio foi repleto de melancolia na derrota por 1 a 0 para o Atlético-GO, na noite de domingo, na Arena. Um time sem vibração que sucumbiu ao momento ruim. Agora em busca de um substituto, mais do que qualquer coisa, a direção vasculha as opções atrás de um “mobilizador”. Esta característica coloca o nome de Luiz Felipe Scolari como mais cotado para ser o novo técnico.

A intenção é de arriscar o mínimo possível. Apontar e acertar a “bola de segurança” para rapidamente ter resultados. A busca por uma liderança de vestiário também é ponto considerado, já que foi citado constantemente antes da queda de Tiago Nunes como algo a ser corrigido.

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Felipão tem toda a relação histórica com o Grêmio e admiração interna. Um dirigente ouvido pelo ge disse que “é sempre um bom nome” para o clube.

Após o jogo, tanto o clube quanto o treinador negaram qualquer contato. Pelo que apurou o ge, também seria necessário aparar algumas arestas entre as partes, já que Felipão deixou o clube no início da gestão do presidente Romildo Bolzan Júnior, em 2015. Um fato, porém, que não seria impeditivo para o retorno.

Na entrevista após a saída de Tiago Nunes confirmada, o vice de futebol Marcos Herrmann falou sobre Scolari, embora não tenha apontado caminho único.

— Temos um perfil, sim. E, neste sentido, Felipão sempre é uma possibilidade. Ele se identifica muito com o Grêmio, mas não sei se tem interesse. Temos que perguntá-lo. Queremos alguém identificado — destacou.

O dirigente ainda comentou sobre Renato Portaluppi, que deixou o clube em abril. Não descartou um retorno do ídolo, o qual tem em mãos proposta de uma equipe dos Emirados Árabes. Desde a última quinta, o ge apurou que uma volta seria vista com bons olhos no vestiário.

— (Renato) É um ícone do clube. Sabemos disso e temos muito apreço, amizade. Queremos ele muito bem. Não sabemos se ele quer voltar ao Grêmio agora. Não discutirei nomes. Precisamos fazer um tema de casa e discutir entre nós para dar a volta por cima — apontou Herrmann.

Executivo Diego Cerri e vice de futebol Marcos Herrmann no fim da derrota do Grêmio na Arena — Foto: Eduardo Moura
Executivo Diego Cerri e vice de futebol Marcos Herrmann no fim da derrota do Grêmio na Arena — Foto: Eduardo Moura

Despedida melancólica

As primeiras horas desta segunda-feira já devem ser decisivas para o Tricolor. O anúncio da saída de Tiago Nunes em “comum acordo” era uma mera formalidade após o término da partida de domingo. Principalmente pelo que havia sido falado após a derrota para o Juventude e a atuação do time em campo.

O Grêmio voltou a mostrar pouco. Sem ser agressivo no ataque, tampouco conseguia pressionar o Atlético-GO na marcação. Trocava passes em uma zona “morta” do campo, sem levar perigo ao rival.

No segundo tempo, o lado esquerdo, onde estava Douglas Costa, vazou. O lateral-direito Dudu subiu sem ser acompanhado pelo camisa 10, superou Diogo Barbosa e construiu a jogada do gol de Lucão aos nove minutos.

Intranquilo, o Tricolor deixou o momento ruim aflorar. Matheus Henrique discutiu com Kannemann. Ferreira e Diego Souza também se cobraram de maneira áspera. Jean Pyerre errou lances técnicos fáceis e chegou a tropeçar sozinho. Douglas Costa ainda está longe do ritmo ideal.

Para o jogo de quarta-feira, contra o Palmeiras, Thiago Gomes deve ser o comandante. O técnico do time sub-21 já foi chamado pela diretoria para comandar o treino desta segunda e passará também pelo protocolo de testes para Covid-19 no início da tarde, antes da atividade, como todo o elenco.

O Grêmio tem dois pontos em sete jogos no Brasileirão e é o lanterna da competição. São sete partidas sem vencer na temporada.

Fonte: Globo.com