Uma discussão acalorada se formou na entrada dos vestiários das seleções depois do jogo entre Brasil e Paraguai nas semifinais da Copa América – a Seleção acabou vencendo por 2 a 0 – na última terça-feira. Antonio Carlos Bona, brasileiro que é auxiliar técnico de Marcello Frigério na seleção paraguaia, teria falado à arbitragem, comandada pela uruguaia Anahi Hernandez, “Só podia ser mulher”. A lateral direita brasileira Antonia escutou e ficou incomodada com a frase e respondeu: “Como assim mulher? Mais respeito”. Todo o relato foi confirmado pela comissão técnica do Brasil e pela jogadora também.
Questionado pelo ge sobre o episódio, Antonio Carlos Bona respondeu que entendeu no momento que uma jogadora do Brasil estava falando mal da seleção do Paraguai, o que não passou de um mal entendido.
– Quando da saída no túnel do primeiro tempo entendi que uma jogadora do Brasil estava falando mal da seleção do Paraguai e tentei defender a seleção que estou trabalhando, mas em nenhum momento falei sobre arbitragem. Tenho o maior respeito pela seleção brasileira. Tive a oportunidade de conhecer a Pia quando estava trabalhando no Minas, tivemos um encontro muito enriquecedor. E tenho 3 filhas mulheres portanto meu respeito pela mulher e imenso, sempre preguei este respeito por onde passei. Mas o que aconteceu não teve nenhuma relevância, apenas um mal entendido – disse Bona. A reportagem entrou em contato com a árbitra, mas ela não se manifestou. A seleção brasileira venceu o Paraguai por 2 a 0 na terça-feira com gols de Ary Borges e Bia Zaneratto. A equipe de Pia Sundhage decide a Copa América no sábado, 21h (de Brasília), no estádio Alfonso López. Na sexta, o Paraguai decide em Armênia o terceiro lugar diante da Argentina, partida que dará também uma vaga à Copa do Mundo de 2023.
Fonte: GE