O Barcelona vem sendo agressivo nesta janela de transferências e se comprometeu a gastar no mínimo € 103 milhões (R$ 561,5 milhões) em contratações, como Raphinha e Lewandowski — isso sem falar em salários e bônus. Mas como o clube, que até o fim do ano passado “estaria em falência” se fosse uma empresa, pretende superar a crise financeira, arcar com tudo isso e regularizar os reforços?
Até agora, o Barça não conseguiu inscrever os novos contratados em La Liga, a liga de futebol profissional da Espanha. Isso ocorre porque ele ainda não se adequou aos limites de custos para a temporada 2022/23.
LaLiga conta com um sistema de controle econômico para os elencos, comissões técnicas e outros funcionários. Resumidamente, são normas que os clubes precisam seguir, desde 2013, com o objetivo de garantir a sustentabilidade financeira da liga.
Diferente do Fair Play Financeiro da Uefa, o controle na Espanha se dá antes da temporada começar. E em março, o Barcelona tinha saldo negativo de € 144 milhões — o único no vermelho. Ou seja, não tinha margem para gastar com novos salários de jogadores. Precisava criar novas fontes de receitas, aumentar as atuais, ou vender atletas.
Não à toa, o clube chegou a pedir ao meia Frenkie de Jong para aceitar a proposta do Manchester United. O caso é simbólico para explicar os mecanismos do controle de LaLiga. O Barcelona abriria espaço no orçamento não só com o eventual lucro da venda, mas também com a saída do salário do holandês e com a amortização do valor pago para a contratação do jogador ao Ajax em 2019.